Sabe, não previ ser tão apaixonada assim por Franz. Para ser sincera, na maioria das vezes, não é uma leitura fácil, fluida, mas acho que esses não são fatores necessários para um gênio.
Quando li O Processo me senti sufocada, chateada e indignada e penso que são exatamente esses sentimentos que a história de uma pessoa que está sendo processada sem saber o motivo e, portanto, sem saber de que forma se defender, deve provocar. Alguém num labirinto jurídico sem fim.
Em A Metamorfose achei brilhante como uma idéia absurda e, de certa forma simples - um homem que se transforma em inseto - pode conter críticas tão profundas à natureza humana.
Li histórias curtas como Um Artista da Fome, Uma Mulherzinha, A Construção... em todas, aquela atmosfera tão peculiar, tão kafkaesca. Eu não sou uma profunda conhecedora dos trabalhos de Franz para caracterizá-lo com palavras rebuscadas cheia de sentidos interessantes. Mas acho que isso é uma das coisas que me fazem gostar da escrita dele. Ele não é previsível.
Em uma história ele descreve a rotina de um artista que não se alimenta e que faz disso uma espécie de espetáculo, um outra um homem fala de uma mulher que antipatiza com ele sem motivo aparente.N'A Construção o personagem constrói uma grande estrutura subterrânea. Claro, estou sendo simplória ao descrever os enredos dessa forma, mas é puramente para ilustrar quão variada são as direções para onde ele nos leva.
Enfim, estou sempre lendo e no momento em que termino quero mais.
Recomendo os clássicos A Metarmorfose e O Processo, tem também essa edição linda da Revista Cult sobre ele.
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