Na pele a marca de um pecado que não cometi. O estalo da surra no corpo não me deixa esquecer a cruz que carrego desde o primeiro respirar. Pintado em cada ruga, em cada célula o estigma. A negra tinta que me levou ao cárcere, à corrente de ferro, à jaula do preconceito.
Mas a tinta que rasga ao toque do chicote é a mesma que cobre o negro escudo. Tenho a pele grossa de cicatrizes. Antes o grito era de dor, animal ferido. Esse grito de agora é pela liberdade, sou homem, sou gente, sou livre.
por Elizabeth Catlett |
1 comentários:
Sem palavras. Que lindo, Pink.
Postar um comentário