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Rumo certo

Esse ano tomei umas decisões difíceis que até serem tomadas renderam momentos de angústia. Terminei uma pós que gerou outros tantos conflitos emocionais, existenciais e alguns outros ais, mas ampliou muito meu entendimento teórico, profissional e pessoal.
E de todas as reflexões, retrospectivas e introspecções que eu fizer o que grita, ecoa é ESTOU TRABALHANDO EM UMA LIVRARIA. Sério, a grande saga de minha vida adulta foi (e é, afinal ainda vivo) me encontrar profissionalmente, não ser uma ameba que fica na internet o dia inteiro e posso dizer confiante, depois de tanto tempo, que estou feliz com o que faço. I'm leaving the dream, baby! Quando criança eu queria muito, muito mesmo, morar em uma livraria, como hoje entendo que isso não é viável (além de ser muito feliz no meu aconchegante lar), eu estou trabalhando em uma!
Não sei se vou fazer isso para sempre, só sei que vou aproveitar enquanto não decido qual será o próximo passo. Não quero me afastar da minha área de formação, como não estou tão empolgada em atuar na Psicologia, namoro com a idéia de continuar produzindo na teoria, tenho que redigir meu artigo científico como trabalho de conclusão de curso e pretendo continuar explorando a temática que escolhi (um dia escrevo sobre).
O saldo é: satisfeita com as decisões que tomei, ter o gostinho de estar fazendo o que eu quero e não que outros esperam de mim ou gostariam que eu fizesse, é uma baita conquista.

Embora possa parecer, esse post não é motivado pelo findar do ano e sim pela cara de "putz, que chato" que uma pessoa fez quando eu disse não estar trabalhando na área, quando eu sinto exatamente o contrário. Isso me lava a outra reflexão em relação a esse model de trajetória de vida considerado "normal". Estudar bastante, ir para a faculdade, sair da faculdade empregando, ganhando muitos dinheiros na área escolhida. Mas isso talvez possa ser um outro post...

Projeto

Quando eu tiver acumulado um montão de anos na minha bagagem, quero ser uma velinha e não aquela velha rabugenta. Espírito leve, mesmo se o corpo se curvar, cedendo mais e mais à gravidade. 
Se minhas articulações estiverem doloridas, a pressão arterial alterada e a visão mais embaçada, quero ser saudável no sentimento.
Olhar para meus vividos com saudade, carinho e gratidão e quando o último suspiro chegar, deixar minha consciência voar, voar.